Oscars 2018 - Balanço da Cerimônia
Mesmo marcada por um discurso de diversidade, o Oscar não deixou de ter seus pontos negativos e também injustiçados. Se você perdeu, o Cinema na Mesa organizou as bolas dentro e fora numa lista para saber tudo sobre a festa

Bola Dentro
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Daniela Vegas, a primeira transgênero da história a apresentar e levar um Oscar com “Mulher Fantástica”. Isso, sim, é representatividade!
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O discurso de Frances McDormand, eleita melhor atriz, foi o ponto alto da festa. Ela, que arrebenta em "Três Anúncios Para um Crime", pede que projetos feitos por mulheres sejam incentivados e financiados;
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Prêmio de roteiro original para “Corra!”, que não era exatamente esperado, mas muito merecido. Um dos melhores filmes do ano passado!!
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Roteiro adaptado para “Me Chame Pelo Seu Nome”, que transforma o livro de André Aciman num roteiro que respeita o tempo da narrativa, dos personagens, como um verão;
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Trilha e direção de arte para “A Forma da Água”. Não é exatamente inventiva, mas as canções entram organicamente no filme, com um ar dos anos 1960, e ficam na cabeça;
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Discurso de Guillermo del Toro, melhor diretor, sobre jovens diretores, que não devem parar de sonhar;
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“Dunkirk”, que merecia os prêmios de mixagem de som e melhor edição. O filme é uma experiência muito visceral, que precisa ser assistida no cinema;
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Lógico que torcemos para Rachel Morrison, mas o Oscar de Roger Deakins (“Blade Runner”) após 14 tentativas era necessário!
Bola Fora
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A falta de prêmio para mulheres (como a grande Agnès Varda, precursora da Nouvelle Vague!);
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Gary Oldman fez por onde ao levar o prêmio de melhor ator, mas eu queria mesmo uma homenagem a Daniel-Day Lewis ou ver o circo pegando fogo com o troféu para o jovem Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo seu Nome”);
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Fizeram absoluta falta “Projeto Flórida” e “Mudbound”, que são os injustiçados da vez. Mereciam estar no Oscar;
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E por falar em injustiçado, senti muito terem esquecido Sofia Coppola com “O Estranho que Amamos”. É uma obra-prima que foi completamente deixada de lado;
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Já sabemos que a Academia não dá atenção para super-herois, mas “Mulher Maravilha” e “Pantera Negra” deveriam estar lá;
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Por último, ninguém me tira da cabeça que “Como Nossos Pais” poderia ter sido indicado e, quem sabe, estar na disputa com temas tão universais como mulher, maternidade, profissão;
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Homenagem aos militares de todo mundo.